Jeune homme en bigoudis chez lui, 20e Rue, N.Y.C. 1966 / A young man in curlers at home on West 20th Street, N.Y.C. 1966
Diane Arbus
© The Estate of Diane Arbus LLC, New York |
mardi 18 octobre 2011
DIANE ARBUS-JEU DE PAUME
jeudi 29 septembre 2011
DANCE ALL NIGHT PARIS!
62 - Mélanie Manchot : Dance (All Night /... por mairiedeparis
mercredi 28 septembre 2011
NUIT BLANCHE
samedi 17 septembre 2011
Oiseaux de Nuit: Silêncio!
samedi 10 septembre 2011
Un goût venu d'ailleurs
En ces temps de crise, l'engouement pour les fêtes dans les hôtels les plus luxueux à Paris bat son plein. Récents pour la plupart, ces hôtels qui appartiennent à des chaînes étrangères, dont seul ce qui a de plus cher compte, s'installent les uns après les autres dans la capitale. À coups de presse, comme d'habitude on nous dit que c'est ça qu'il faut faire. Il faut être pipoles.
Bizarre, Comme si dans l'air flottait un air à la Gatsby le Magnifique.
On essaye de sauver l'Euro, la dette nous tire vers le bas, et on fait la fête. La vraie déca-danse quoi!
mardi 6 septembre 2011
Deuil
Sauvé par son art, lorsqu'en prison, où il était obligé de manger des insectes pour survivre, on lui demanda de peindre des portraits de Pol Pot .
Après la chute du régime des Khmer Rouges par les forces Vietnamiennes, Van Nath une fois libéré a continué à peindre. Et parce qu'il a peint ce qu'il a vu et vécu, ses peintures sont aujourd'hui considérés de véritables documents sur le génocide.
A Cambodia Prison Portrait: One year in Khmer Rouge's S-21 prison est la seule mémoire écrite laissée par le peintre
Painting Pol Pot (1999) from Thomas Nordanstad on Vimeo.
lundi 5 septembre 2011
Divin
dimanche 4 septembre 2011
samedi 3 septembre 2011
L'Automne en perspective
vendredi 2 septembre 2011
mercredi 31 août 2011
Rue Dante
dimanche 28 août 2011
samedi 27 août 2011
mardi 23 août 2011
Sur l'eau
mercredi 10 août 2011
mardi 9 août 2011
samedi 30 juillet 2011
Érosion
Alkahest
Anselm Kieffer - Galerie Thaddaeus Ropac
existe uma solução que dilue tudo o que é substância
L'oeuvre d'Anselm Kiefer démarre sur une interrogation capitale: comment, après l'Holocauste, être un artiste qui s'inscrit dans la tradition allemande? Ce travail existentiel de mémoire - et de deuil - s'est élargi d'une quête spirituelle nourrie de grands mythes et de mystique kabbalistique. Pétri de culture, il mêle peinture, photographie, livres et sculptures
lundi 25 juillet 2011
jeudi 21 juillet 2011
lundi 18 juillet 2011
dimanche 17 juillet 2011
samedi 16 juillet 2011
direction île Saint Louis
jeudi 30 juin 2011
jeudi 16 juin 2011
mardi 14 juin 2011
« My Paris Movie ».
Jonas Mekas se promène dans les couloirs vides du Musée du Cinéma Henry Langlois, détruit dans l’incendie du palais de Chaillot le 22 juillet 1997.
« So here I am again. Where are you? Where are you?! All the philosophers, poets of Paris… You have given me so much during the times when I really needed it. Even now, you are very close to me. Now that I am walking the streets of Paris, the city that I love. »
dimanche 20 mars 2011
samedi 19 mars 2011
mercredi 2 mars 2011
dimanche 27 février 2011
Ça fait crac ça fait pschtt
Crac je prends la fille et puis pschtt
J'prend la fuite
Elles en pincent toutes pour ma pomme cuite
J'suis un crac, pour ces p'tites
Crac les v'la sur l'dos et moi pschtt
J'en profite
Leurs p'tits cœurs palpitent
Tandis qu'elles s'excitent
Qu'elles s'envoient au zénith
Elles sont gonflées, ouais, mais très vite
Elles craquent et alors pschtt
Crac c'est les nerfs, et puis pschtt
Y a comme une fuite
J'aime jouer avec la dynamite
Quand ça craque, ça fait pschtt
Crac, j'allume la mèche et puis pschtt
Je m'exit
lundi 14 février 2011
Shakespeare & Cie.
Le plaisir pris à visiter cette librairie n'a pas varié d'une once depuis la grande époque des écrivains américains de la 'génération perdue' .
Divans et fauteuils à l'étage qui tendent les bras pour les lecteurs désireux de feuilleter les romans d'occasion qui débordent, bien évidement, des étagères.
vendredi 11 février 2011
samedi 5 février 2011
dimanche 23 janvier 2011
samedi 22 janvier 2011
vendredi 14 janvier 2011
EXTASES
Raramente podemos ver as obras de Ernest Pignon- Ernest, como geralmente imaginamos, isto é , expostas numa galeria. Obras, para a maior parte delas efémeras, que dispostas aqui e ali nas esquinas das ruas, abandonam-se ao nosso olhar e oferecem-nos uma estranha beleza até desaparecerem rasgadas ou desfeitas pelas intempéries, quando não são cobertas por cartazes publicitários. Restam-nos então as fotografias e os desenhos preparatórios.
Para Ernest Pignon –Ernest luz, cor e espaço são tão importantes como o invisível: a Historia. e as memorias enterradas. A obra nasce do e no sitio onde o artista a inseriu, fazendo daquele lugar um espaço visual, revelando , perturbando e elevando o seu simbolismo.
Foi assim que aconteceu em Nápoles. Ao inspirar-se da obra de Caravaggio, que viveu nesta cidade poucos meses antes de morrer gravemente ferido numa rixa, Ernest Pignon- Ernest, faz eco ao povo napolitano, à sua miséria e violência. As obras sobre papel, desenho ou serigrafias, e sempre a preto e branco, eram coladas entre cartazes lacerados, sobre portas condenadas ou paredes sem janelas. Marcadas pelos acidentes e a memoria da parede, longe de se confundirem no suporte, os desenhos mais perto de uma perfeição académica que de um modernismo ou grafismo de rua, apresentam-se como um trompe l’oeil, por vezes abrindo uma porta ou uma janela ilusória, outras vezes um respiradouro rente ao passeio. Utilizando uma técnica próxima da anamorphose pouco importa de que lado avenha o nosso olhar, temos sempre a impressão de a descobrimos pelo ângulo principal Desmaterializando assim a espessura do suporte temos a sensação de um passado emergente.
Foi precisamente durante esta intervenção em Nápoles, que um poema de Nerval conjuntamente com leituras dos “Exercícios espirituais” de Inácio de Loyola e de S. João da Cruz, levaram Ernest Pignon-Ernest a iniciar, com toda a liberdade de artista, um dialogo com as grandes figuras místicas que são Maria Madalena, Teresa d’Avila, Hildegarde de Bingen, Angèle de Foligno, Catherine de Sienne, Marie de l’Incarnation.
Este dialogo já dura há quase vinte anos.
Tudo começa com um questionamento, uma fascinação. Uma vertigem também, que só arrebata aqueles que desejam evocar, pensar, compreender e representar um fenómeno tão perturbante, tão desconcertante e tão insensato que é o êxtase.
Tentar o impossível, na orbe destas mulheres espantosas e escandalosas, primeiro tomadas por loucas para depois, serem beatificadas ou santificadas.
Mas como representar o invisível? Como representar a carne que só aspira a descarnação? Como apreender a luz e as sombras, os suspiros os gritos e as dores de experiências inexplicáveis? Como traçar e materializar tais transportes, tanto excesso tantas efracções sublimadas?
Sete enormes folhas brancas, onde o traço do carvão, inspirado pelos textos deixadas pelas próprias místicas, veio se inscrever com uma extrema intensidade, criando tensão e conflito. Resultado de um longo e doloroso trabalho durante anos de desenhos e colaboração com a dançarina Bernice Coppieters.
Se na época barroca, Bernini *ou qualquer outro escultor , guarneciam os corpos estáticos numa abundância de plissados onde o tecido era a expressão. Ernest Pignon-Ernest despe - os e observa a dor. “ dor espiritual e não corporal, mesmo se o corpo não se esqueceu de participar e por bastante”como escreveu Santa Teresa d’Avila
Expostas pela primeira vez em Avignon, na Capela Saint-Charles, é na capela do antigo Convento das Carmelitas de Saint Denis, às portas de Paris, que Ernest Pignon -Ernest, instalou de novo sete tiragens numéricas destes desenhos. Numa dramaturgia sumptuosa, as imagens entregam-se, parecem levitar. Coladas sobre folhas de alumínio, as quais o artista deu forma curvando-as criando assim zonas de sombra que acentuam as poses de sofrimento, as expressões de loucura ou de beatitude, que se multiplicam ao reflectir no abismo da escuridão de um espelho de agua.
Não há duvida, estas mulheres perderam o espírito, mas unicamente para se unirem ao Espírito.
*Santa Teresa d’Avila, Capela Cornaro,
imagens©Ernest Pignon-Ernest